Fui
criado em um lugar onde não se faz muita distinção entre as 4
estações climáticas do ano, essas coisas do tempo, tão pouco, sua
arte, perdi-me na duvida de que talvez o novo caminho pudesse
reconstruir cada tijolo, brisa, areia, até mesmo os inusitados
empecilhos, não estiveram lá pra ouvir o canto da despedida, que
talvez, mais pareça um canto de lamentação, não sei dizer ao
certo, tão pouco, o tenho em meu vocabulário pobre e limitado,
compor sua sinfonia.
Uma
vez escrevi que da janela do meu quarto veria o sorriso que ela levou
de mim, hoje acredito que a verei novamente, só que em outros olhos,
outras fotos, outro parque, novas tardes de frio, acompanhado com
cobertores, um luau talvez, ao som de um violão, e assim tocar a
música: por interfone – gosto muito dessa canção. Por fim, a
cada dia venho tentando reconstruir minha história e quem sabe um
dia, os erros me levem ao lugar certo.
Não
espero mais que o vento cortando o rosto com sua força, nem ao
menos, o som do seu vestido ao encontrar a música que brota das
árvores. Ando pelas ruas como um andarilho que no pensamento viajar
por lugares que jamais conheci, e hoje descobri que temos medo um do
outro, falo como ser humano que sou, ou assim pretendo me definir,
mesmo sem saber quem sou.
Quisera eu um dia encontrar Deus sentado no
banquinho da praça XV, aqui no centro de Florianópolis, perguntar a
Ele: o que seria o ser humano? Até que ponto nos distanciamos da
verdadeira essência do criador? Aqueles que se dizem donos da
verdade, não passam de cegos em busca do invisível, querem a
verdade como tese cientifica, tão pouco o que chamamos de realidade
presente, não está limitado ao tempo que conhecemos.
Creio
que antes de concertar os quartos tortos na sala de estar, quem sabe
seja necessário reinventar moradores que ao entrarem tirem seus
sapatos e possam ler além de um belo quadro, mas a alma do artista.
Abraço,
Elmadson
Nenhum comentário:
Postar um comentário