Mãe, Quero ser Músico quando Crescer!

Um dos grandes problemas da geração atual é o entendimento sobre vocação e profissão, é impressionando como o meio nos convida a tomar decisões importantes, não é verdade? O garoto termina o ensino médio por volta dos 16 anos de idade, então é confrontado com a clássica pergunta: O que você quer ser para o resto da sua vida? Pô! O cara só tem 16 anos. Então nessa neurose destaca-se o dinheiro ou alguma vez a profissão dos pais. Qual profissão dá mais dinheiro? Ou melhor, não importa o que venha a fazer contando que tenha “segurança” está feito. Outra galera é mais extrema. Dizem: Não quero fazer faculdade, quero apenas passar em um concurso e ter a certeza que terei o meu “suado” salário no final do mês.

           Estive um tempo refletindo sobre essa situação e vi como a juventude dessa geração está equivocada com respeito a que realmente querem da vida, o que dizer se um filho de um médio quiser ser músico? Uma filha de um bilionário querer ser dançarina? Sabe, nossa galera está perdida nas ideias, sem rumo, sem metas, sem sonhos.

                Quem é o culpado de tal defraudação mental e social inserida em nossos jovens? Somos a geração do conhecimento, mas bem distante da verdadeira sabedoria. Somos presas fácies do capitalismo selvagem e do “quarto escuro” que significa alienação como diz um grande amigo.

                Como fazer essa galera “informada” pensar? Como traze-los a vida real? Um tempo atrás ouvi uma música do Leticia Stones que fala dessa realidade social.   O que vou ser quando crescer? Ou melhor, quanto quero ter em minha conta bancaria e se estou disposto a sacrificar minha família, vocação, sonhos, ideias por uma vida de frustação?

Acredito claramente que cada pessoa precisa olhar para dentro de si e procurar saber qual seu papel no universo, e como cooperar para a evolução do meio. Vou confessar algo, não estou disposto a sacrificar minha vida em prol de um status ou um titulo acadêmico, quero realizar naquilo que sinto que faz parte de mim.

Se tenho inclinação para medicina, amo esta com pessoas, servir, etc. Acredito ser uma boa ideia. Mas o que um cara que ama ser músico vai ser meter em Engenharia mecânica?

 Meu amigo, não quero com esse texto trazer uma verdade absoluta, apenas lhe fazer pensar e procurar descobrir dentro  de você sua verdadeira vocação. Quer ser músico? Beleza, mas faça por amor e não por dinheiro. Caso contrário será mais um deprimido e estressado em nossas estatísticas e mais um na filha dos terapeutas de nossas cidades. Tô exagerando? Procure no google e verá porque as pessoas andam tão estressadas.

Amigo, viva com intensidade seus dias dentro de sua vocação sabendo quem você é, e jamais uma marionete do sistema selvagem do capitalismo egocêntrico.

Um Abraço,

Elmadson