Unidade no Reino

Não existe o “dar”, “ajudar”, “depender” e sim o PARTICPAR. Mas participar de que?”

# Titulo da Imagem

Eu, um prostituto?

o sistema atual vem dopando nossos jovens com mentiras, alienação e egoísmo.

# Nao mexer

Como o jovem pode transformar o Brasil?

Ser burguês ou um estudante disposto a lutar?

# Nao mexer

Santo ou Profano?

Estudar é secular ou sagrado?

# Nao mexer

Uma Noite de Terror/ Tragédia do dia 12 de Janeiro de 2011

Era 12 de janeiro às 02:00h quando uma grande chuva sobreveio...

# Nao mexer

Flores de Outono

São 15h10min da tarde, vejo pessoas indo e voltando, alguns de seus serviços, outros da escola e alguns apenas praticando caminhada. É interessante ver como as pessoas agem, e mesmo a distância poder ver como tudo parece superficial, mas se observasse mais de perto, ouviria longas histórias vinda da parte de cada uma delas. O que está passando na cabeça do vendedor de pipoca? Quais seus medos e desafios? O casal conversando perto da árvore, como eles se conheceram? Todos têm seu próprio universo, onde sábio é aquele que sabe apreciar a individualidade de cada pessoa.

Enquanto não me perco totalmente no tempo de meus pensamentos, observo que do outro lado da rua num banco de praça existe uma garota aparentemente sozinha com seu celular, e tudo indica que ela deve estar esperando por alguém, meio distraída, era como se estivesse sozinha em um mundo criado por ela, acho que a mesma poderia está em qualquer lugar, e mesmo assim não notaria a diferença. A mesa de xadrez, os pombos sobre o chão comendo as migalhas perto de um lindo chafariz a embelezar o local com todas as crianças em volta. Percorro meus dedos sobre o livro em direção ao próximo capitulo a prosseguir na leitura, deseje-me sorte e a todos que compõe essa bela tarde.

Tempos atrás...

I
O sol ofusca meus olhos, e assim meio que não enxergando direito devido a luminosidade vou ao seu encontro na areia, não estou disposto a mergulhar na praia. Você ri e diz: pare de ser bobo. E com todo seu jeito tenta me persuadir a entrar na água. Não vai conseguir – digo eu. Ela ri. Então o que vamos fazer? Ela para um pouco e convence-me a irmos tomar um sorvete.
- Espere apenas eu buscar minha bolsa e colocar uma blusa, já volto.
 - Você paga, certo? – respondo. Ela ri.
Foi nessa tarde quente, que vi nos olhos dela o brilho mais vivo que tinha visto em alguém, a forma como ela tocava seus cabelos, e como ficava sem graça ao deixar cair sorvete sobre a bolsa. Você é tão sem graça – dizia ela rindo. Duas taças de sorvete foram suficientes para marcar na alma o que uma tatuagem nunca fez ou irá fazer com milhares de agulhas em alguém.

II

Era tarde da noite e a rua estava deserta, eu estava na parada do ônibus quando você apareceu segurando sua mochila, como se a qualquer momento alguém fosse aparecer e rouba-la, nunca tinha visto tanto medo em uma pessoa, sentou-se um pouco afastada de mim. Pergunto-me às vezes o que ela pensou a me ver naquela noite. Sentamos ao mesmo lado no ônibus e desde então nunca mais ficamos distantes, o que me marcou nesse encontro repentino quando nem mesmo nos conhecíamos? Talvez a forma como ela me olhou. Parece engraçado, mas mesmo sem namorarmos o destino já nos tinha reservado um ao outro. Seria a vida nosso cupido? Ela passou toda a viagem sem conversar comigo naquele dia, mas depois que estivemos juntos em outras ocasiões, sempre riamos desse acontecido, acho que por isso quero deixar registrado esse momento.
Sempre que tocava neste assunto ela ria, e ao mesmo tempo ficava de bochecha vermelha e pedia que eu parasse. A vida sempre nos presenteou com boas lembranças e ninguém nunca sabe quando uma simples volta pra casa pode mudar toda sua história. A vida é mestre em interferir na rotina e nos surpreender com suas cartas escondidas.

III

O beijo matinal, o sorriso distraído ao dormir, o sussurro de palavras sem nexo e o perfume. Seria estranho se dissesse que ela ficava linda dormindo de boca aberta? Acho que ela nunca descobriu o bem que me fazia ao vê-la feliz. Talvez meu sorriso não fosse tão sincero assim, eu acho, mas ela sempre dava um jeito de me tele transportar para o mundo real. Você sonha muita – dizia ela. Acredito que até nossas discursões foram fruto de amor, não por egoísmo, mas para crescermos juntos, e nesse tempo aprendemos a olhar nos olhos do outro e ver além da alma.
Ela sempre dizia: volte logo por que estarei aqui a sua espera.
Ir ao trabalho era o intervalo para tê-la novamente em meus braços.
Assim foi durante muito tempo.


Enquanto isso, hoje...

As taças de sorvete sobre a mesa vazia, o vento frio que o mar traz a areia. Até hoje pego o ônibus no mesmo horário e por mais que pareça estranho, ainda não me acostumei com outro alguém ao meu lado, que nem mesmo saiba o meu nome. Faz anos que não sinto seus braços ao acordar me pedindo para ficar mais um pouco. Qual tem sido seu lanche pela manhã? Está chegando o inverno e espero que esteja bem agasalhada para o frio que virá.
Esta anoitecendo e a rua está ficando deserta. Pego minha mochila e jaqueta, está ficando frio, mas ainda vejo aquela garota no banco na praça, de blusa xadrez, calça jeans desbotada, algo me diz que ela vai ficar bem. Sabe o que é estranho? Bem que poderia ser você, assim não teria mais as noites frias.
Sigo só na incerteza de quem errou, eu, você ou o destino? Se nesses anos alguém nos dissesse que no futuro estaríamos separados, talvez criássemos um caminho desconhecido, fazendo então uma nova rota, trajetória essa que apenas eu e você saberíamos onde íamos chegar nessa tarde de Outono.

Abraço,
Elmadson

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