Durante algum tempo venho observando como o sistema atual vem dopando
nossos jovens com conceitos recheados de egoísmos, mentiras e alienação,
gerando uma civilização doente e incapaz de olhar para dentro de si e descobrir
qual seria seu papel no mundo e como cooperar para viver saudável em comunidade.
Nesse texto, abordarei o individuo e algo, que talvez, possa ser um
dos maiores conflitos em nosso século, com respeito a gerar jovens que não vivam
no efeito de antidepressivos e entorpecentes para superar o medo do fracasso em
seu dia a dia, já que vendemos a perfeição e o sucesso a nossos jovens.
Chamo-lhe a atenção para algo que li um tempo atrás, com o objetivo de
melhorar a compreensão do assunto
abordado no artigo. Enquanto uma senhora bem preocupada em sua sala com alguns
papeis em mãos para ler, ouve sua funcionária cantando baixinho em sua cozinha
e diz: Por favor, dá pra parar de cantar enquanto trabalha? A mulher com toda
simplicidade responde: Mas, senhora eu não estou trabalhando, e sim lavando
louça. Qual a diferença? ... Tudo! Ela fazia seu serviço por amor e não por
dinheiro. Educamos nossos jovens a serem futuros estressados, aumentando a fila
em terapias e remédio para aliviar o stress, preparamos nossos jovens para
passar em um vestibular, concursos, entrar em faculdades e ter sucesso. Mas e a
vida? Quem esse jovem é de verdade? Qual seu papel no mundo? Por que não
ensinamos os jovens a viverem melhor gradativamente e a valorizar as coisas
relevantes em sua vida?
Um jovem que vende sua energia, trabalho, tempo e dedicação em prol de
dinheiro é um prostituto, ou seja, vende sua identidade, sonhos, satisfação por
algo tão banal: dinheiro. Será que vale a
pena trocar o que você realmente gosta de fazer por causa de estabilidade
financeira? Se você amigo ama ensinar, o que tem de errado em dedicar sua
vida a preparar outras pessoas para o viver em sociedade exercendo sua vocação?
Certo jovem declarou: “toda vez que acordo reflito, mais uma vez estou indo me
prostituir, não com um homem ou uma mulher, mas para o banco. Amo geografia,
gosto de ensinar, mas tenho trocado meu tempo, energia e dedicação por dinheiro
todos os dias no banco no qual trabalho.”
Estou convencido que todo ser humano tem o dever de se autoconhecer e
desfrutar de seu melhor naquilo que ama realizar. Precisamos preparar nossos
jovens para a vida e não para um mercado de trabalho falho, onde seus princípios
estão corrompidos e programados para gerar frustação, dor e insatisfação pessoal.
Faça algo que você goste e se identifica. Você sabia que grande parte
do seu tempo de vida irá passar em seu trabalho? Imagine agora, você viver em
um lugar onde a única coisa que importa é o salario no final do mês, não seria
diferente de uma garota de programa que entrega seu corpo por pequenos papeis
que nós seres humanos damos tanto valor?
Pense bem sobre o que você quer fazer da sua vida, reflita, procure se
conhecer, converse com seus pais, procure saber sua vocação e só assim saberá
tomar a escolha certa. Torço por Você.
Abraço,
Elmadson
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