O cinzeiro com três cigarros sobre a mesa, o vento leve entrando
pela janela entre aberta e o olhar em direção ao nada, esperando a próxima
direção. Seguindo cada segundo dizendo coisas sobre o dia, o estranho novato à
espera de uma vida melhor. As chances de tudo estar certo no final do dia é tão
irreal quanto nossa imaginação ao perder-se ao olhar para as nuvens no céu
azul.
Quatorze rodovias em direção da razão, buscando o não ou o sim de
alguém do outro lado da rua. Ponha o álbum mais antigo, pegue seu violão, tire
a poeira dos moveis e acompanhe seu bloco no terceiro andar da estação.
Escondo num baú feito por mim, todas as respostas que preciso, triste
é esquecer muitas vezes que sou o responsável por deixa-la fechada em minha
vida mais antiga. Nós somos tão reais ao ponto de coexistir por si próprio numa
jornada de egoísmo e morfina.
O Soldado volta pra casa, com os amigos em uma caixa cheia de medalhas
e o peito destruído pela dor. A ênfase na estante descoberta pelas mentiras que
nos inseri pelo medo de acreditar em si mesmo. Vivendo e acreditando na pureza
dos mortais e imortais a nossa volta. Não desligue o rádio, alguém pode estar
ouvindo de longe.
Canto Alto na intensão de despertar o que há de melhor em mim, extraindo
a integridade do oxigênio que vive dentro de nós. Veja como o dia está belo, consegue ver? Era
pra ser uma canção menina, o que mais esperar do caos que em nós habita?
Antes mesmo do enxague de mim, escondido entre a porta abstrata e
incolor. Encontre-me na Rua Smith, em plena tarde de domingo. Não teremos nada
pra fazer pequena.
Quem escreverá a
história do que poderia ter sido?
@by_elmads
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